DIA OLÍMPICO

O vinte e sete de junho
Dia olímpico é lembrado;
Em homenagem a Zeus,
Pelos gregos foi criado.

Séculos depois retomado
Em mil oito noventa e seis,
O atleta é preparado
P'ra executar seus papéis.

E de quatro em quatro anos
As nações vão competir;
Os gregos foram soberanos,
De Atenas se vai expendir.

Muito país organiza
Moderna competição;
Medalha d'ouro é divisa,
Para todos, atracção.

Chama olímpica é brazão,
Acesa, traz o desporto.
Depois na televisão
Assistimos com conforto

Às várias competições
Com milhares de ateletas,
Qu'as concorrentes nações
Neles têm suas metas.

O desporto é remédio
Preventivo da saúde;
Ao alcanse do mais fino
E também do que é mais rude.

Na constância está a virtude
No esforço o "cabedal";
Na correcta atitude,
Melhora tudo em geral.

Com regra, nunca faz mal!
Exercícios dou ao rol;
De todos o principal,
Sem dúvida, é futebol.

Vem depois basquetebol,
Ginástica e ciclismo,
Luta, judo e andebol,
Tiro, vela, atletismo.

Esgrima e halterofilismo,
Remo e hóquei em campo;
Voleibol e pugilismo,
É regra: dou um descanso.

Recomeço e avanço,
Vou até à natação;
Ténis de mesa e em campo,
Badminton/dmonstração.

Exigem concentração
Certos exercícios feitos;
Com destreza e decisão,
Só assim saem perfeitos.

E os melhores são eleitos
Aos prémios a conquistar;
Atletas sãos, escorreitos,
Não deixam de se treinar.

São os saltos para o ar
Até passar a fasquia!
E saltos em comprimento...
É marcha... é correria!

Na luta da primazia,
Todos dão o seu melhor;
Desporto traz alegria...
Mas também sangue e suor.

Ponho ainda no rol:
O desporto equestre;
Lançamentos... beisebol,
Maratona em São Silvestre.

Luta livre é agreste,
Ginástica é perfeição.
É lema do atleta:
Alma sã em corpo são.

DIA MUNDIAL CONTRA A DROGA

Dia vinte e seis de Junho,
Mundial contra a droga.
Que flagelo tão profundo!
No vício, jovens afoga.

O pai ao seu filho roga,
Filho, não quer ser rogado;
Não o ouve, tira a prova!
Provando..., fica drogado.

E, depois desesperado,
Agressivo e violento;
Sem vontade, é comandado,
Por um "barão" turbulento.

Com o " grupo", passa o tempo,
Não estuda, não trabalha;
Com um aspecto nogento,
Na sociedade tem falha.

E já não há quem lhe valha!
Que pena! Gente tão nova!
Antes dos trinta sem falha?
Tão jovens descem à cova.

A seus pais pôem à prova
Sofrem e fazem sofrer!
Bem mereciam uma sova,
Mas nada vai resolver.

A solução está no querer,
Na força e na vontade;
Quem feliz quiser viver,
E agir com liberdade!

Todos devem combater,
A droga e quem a passa;
Tanta gente a padecer...
Para o mundo..é ameaça.

DIA MUNDIAL DO CIGANO

O vinte e quatro de Junho
É o dia dos ciganos,
Desses que têm a fama
De viver só com enganos.

Vivem todos como manos,
Em comum e muito unidos;
Descendem dos Faraós,
Não são bem compreendidos.

Mas por Cervantes são tidos,
Como mestres da mentira;
O negócio é sua arte;
Para eles, coisa gira!

Há por aí quem refira
Que vendem bom e barato;
Não sabem como é possível
Compram lebre e levam gato

P'ra casar partem um prato,
São de ascendência indu,
Oriundos da Polinésia
E datam do século um.

Têm Rei p'rós governar,
Na justiça é gente nobre;
Seguém a lei que lhes proíbe
Roubar quem seja mais pobre!

DIA MUNDIAL DOS DISCOS VOADORES

O vinte e quatro de Junho
Fala d'algo um pouco incerto,
Com remoto testemunho
Visto pelo céu aberto.

Ninguém os viu muito perto,
Mas muitos dizem ter visto
Um luminoso objecto
O pressuposto...registo.

Com uma luz muito intensa
Terá seu quê de verdade?
Agora, fugaz presença,
Pode ser realidade!...

Que origem eu posso dar
A estes seres voadores?
Difícil é deles falar,
Atribuir-lhes valores.

Foi-me dada um pista,
Sem certezas e confusa.
Este dia está na lista
Que vi numa agência Lusa.

Agradeço a não recusa
Da informação e afecto;
Dou informação intrusa?
Não posso ser mais concreto!

DIA DO ENGENHEIRO

O vinte e quatro de Junho
É dia do Engenheiro
Que fomenta o progresso,
Por todo o mundo inteiro.

Projecta e fiscaliza
As obras de grande porte;
Planifica, idealiza
Boas vias de transporte.

São muitos Ramos num lote,
A saber: pelo menos nove;
Matemática é seu dote,
Na prática a desenvolve.

Como Engenheiro Naval,
Aeronáutico-Militar;
É poli-profissional,
Tem muito para nos dar.

Mecânicos,Civis, Paisagisticos,
Agrónomos,Electrotécnicos,
São grandes especialistas!
Informáticos, Politécnicos...

Todos estes Engenheiros
Sabem fazer maravilhas!
São de Arquitectos parceiros,
Da arte fazem partilhas.

Para minas e armadilhas,
Engenheiro militar.
Civis para moradias,
E Navais, estão p'ró mar.

Aeronáuticos, é p'ró ar
Que prestam as atenções;
Atentos no fabricar
Toda a espécie de aviões.

Oxalá as soluções,
Por eles já projectadas,
Ajudem populações
A viver mais confortadas.

DIA DO INÍCIO DO VERÃO

O Verão é tempo de férias,
Para a praia, campo ou termas,
Viagens!... Mas mais difícil,
É bem saber escolhê-las.

É preciso não perdê-las,
Há férias p'ra todo o gosto;
E p'ra todas algibeiras,
Com auge no mês de Agosto.

Suor a caír do rosto,
É um dos meses mais quentes;
Em que a habitação "Estrela"
Alberga mais clientes.

Todo o ano estão presentes,
Agora, mais à vontade;
Na rua, os indigentes,
Têm mais comodidade.

E p'ra toda a sociedade,
Na quente estação do ano,
Invocando austeridade,
A moda, corta no pano.

A moral tem certo dano.
O Sol resseca o terreno,
A água escasseia no cano,
A erva torna-se feno.

O lago fica pequeno,
Os campos dão cereais;
O homem fica moreno,
Turistas, cada vez mais.

E os frutos naturais
Da árvore mais pituresca!...
Se de bebidas gostais,
O melhor é água fresca.

DIA DO ARDINA (Domingo imediato a 21 de Junho)

Neste vinte e um de Junho
Também se lembra o ardina,
Com pregões, jornal em punho,
Era um em cada esquina!

Rua abaixo, rua a cima,
Descalço sempre a correr,
A quem a leitura estima,
Leva-lhe jornais p'ra ler.

Está a desaparecer
O ardina viandante;
As vendas que quer fazer
A toda a gente passante.

Já não tem pregão constante
De todo e qualquer jornal;
Agora monta uma estante,
Numa bancada local.

É uso quase geral
Nestes locais de revistas,
Olhando..., ferir a moral,
Por ver coisas... nunca vistas!

Os jonais dão mais nas vistas,
Mais fácil distribuição;
Pena, se perdem as pistas,
Do ardina e seu pregão.

DIA DO REFUGIADO AFRICANO

O dia vinte de Junho
Lembra e mostra um bom plano:
Alerta, grava com cunho,
Refugiado africano.

Descalço,quase sem pano
Para cobrir corpo nu;
São milhões com tanto dano!
Sem conforto e sem "menu".

Em saltos de canguru
Foge à sede e foge à fome,
À maldade belzebu
E ao mal que o consome.

Na fuga quase não come;
Vagueia pelo deserto.
Cansado,sem forças dorme,
Na casa do "céu aberto".

Dificuldades tem certo,
Que vida desesperada!
Sem carinho e sem afecto,
Sem paz, sem chova...sem nada!

Vida errante,malfadada,
Em desconforto constante,
Que passa a ser melhorada,
Se se tornar emigrante.

DIA DE PORTUGAL

Este dia dez de Junho
É dia de Portugal
E do poeta Camões,
Que se tornou imortal.

De renome mundial,
Conhecido p'los seus Cantos,
Bem cantou a Pátria amada,
Terra de heróis e de Santos!

Portugal, terra de encantos
À beira mar plantado,
E que foi no séclo doze
De reis mouros libertado.

Afonso Henriques chamado
Também o "Conquistador";
Em mil cento e quarenta e três
Tornou-se Rei e Senhor.

Pequena, mas com valor,
Por Nação grande foi tida;
Por volta do século quinze,
Era forte e destemida.

Ó minha Pátria querida,
Bela terra onde eu nasci!
Tudo que tenho e que sou,
No teu seio o recebi.

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

O dia cinco de Junho
É dia do ambiente;
Preservar da poluição
É dever de toda a gente.

Tornar a Terra diferente
Do seu meio natural,
É atentar contra a vida,
De todo o pobre mortal.

É grave dever geral,
Unir esforço comum
p'ra salvar o ambiente,
Ou então... não escapa um!

Com todos e cada um
Temos muito a fazer:
Tornar a Terra saudável,
p'ra bem se poder viver.

Algo está a acontecer
Na atmosfera do ar,
O ozono está a verter
Sem que se possa fechar.

Tada a gente a lamentar,
Mas, cumprir regras não gosta;
Para na Terra bem estar
Esta regra nos é imposta.

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

A criança e a flor
São no mundo a perfeição:
A flor é bem tratada,
A criança, às vezes, não.

Sem o uso da razão,
Com razão para nascer,
Sem culpa da decisão
De alguns pais: "tem que morrer"!

Umas sem pão p'ra comer,
Outras com coisas a mais,
Mas no fundo o que precisam
É do carinho dos pais.

Umas soluçam aos ais
Outras riem mui felizes.
É preciso fazer algo
Por todos estes petizes.

Pois que eles são raìzes
Desta Terra em que vivemos.
Neste primeiro de Junho
Que mais atenção lhes demos.

Coisa mais bela não temos,
São toda a nossa alegria!
Que os direitos da criança
Respeitemos cada dia!